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Entrevista Com o Autor Dieison Engrof

Entrevista Com o Autor Dieison Engrof



Olá, pessoal como vocês estão? Espero que estejam bem. Hoje trago para vocês a entrevista que fiz com o Autor Dieison Engrof.

1.Antes de tudo como você está Dieison?
Estou bem. Melhor agora, em falar para o Makai Books; muito obrigado por essa oportunidade de divulgar o meu trabalho e o meu novo livro aqui no blog, estou muito feliz com esse espaço. Valeu mesmo!

2.Faz tempo que você escreve?
Faz pouco tempo. Aliás, o próprio hábito de ler foi despertado em mim há pouco tempo. Diferente da maioria dos escritores, eu não fui uma criança que dissecava livros. Talvez porque não nasci numa família de intelectuais, nunca ganhei nenhum livro como presente, nem tive alguém que fosse apaixonado por livros e dividisse isso comigo. Comecei a fazer a faculdade de Jornalismo, porque sempre gostei de inventar histórias, de conta-las pra geral, só que jornalista não pode inventar, jornalista trabalha com os fatos, com a realidade. Como eu queria inventar histórias, poder pegar um pouco da realidade e misturar com minha imaginação, aumentar aqui e ali, decidi ser escritor. Estou engatinhando, sei que tenho muito o que ainda aprender, e quero aprender muito mesmo, porque esse é o grande barato da vida, aprender e, sempre que puder, dividir com os outros o que você aprendeu.

3.Quantos livros já escreveu? Cite algum (s) para que possamos conhecer mais do seu trabalho.
Tenho quatro livros publicados, mas os três primeiros foram de uma forma ainda meio que amadora, com tiragens pequenas, que chegaram até os amigos mais próximos, conhecidos, algumas escolas dos municípios na região onde vivo no interior do Rio Grande do Sul. “Que mico!” é o meu quarto livro, mas o considero como o primeiro, sabe? É o livro que teve uma tiragem maior, que eu mais curti fazer até agora. É um livro pra rir; e quem não gosta de rir? Todo mundo gosta de dar risada; essa é a proposta do livro, fazer rir.

4.Existe algum público alvo que você gosta para escrever?
Gosto dos adolescentes, porque adolescente é sincero. Se gosta, diz que gostou. Se não curtiu, não tem problema em dizer isso na lata. Acho que quando a gente vira adulto, acaba perdendo essa coisa bacana da adolescência que é pensar e ao mesmo tempo já ir falando o que pensa, sem filtro, sem papas na língua. Depois que a gente entra na fase adulta, a gente fica naquela parada de “não posso dizer isso” ou “não gostei, mas vou falar que curti só pra agradar”. A sinceridade dos adolescentes me faz bem, e eu gosto muito dessa galera.
5.O que te inspira escrever?
A ideia de que meu livro pode atrair mais alguém para o universo da leitura. Esse é o desafio de todo escritor, atrair mais gente para a leitura, mostrar que ler é, sim, um prazer, e não uma penitência.

6.No livro “A loira do banheiro e outras histórias de arrepiar” você tinha em mente os contos que iriam compor o livro ou pesquisou diversas lendas urbanas?
Sempre gostei de histórias de suspense, e que dão um pouco de medo, acho que essas histórias mexem com o nosso imaginário, sei lá, é algo que me atrai, que aguça a minha curiosidade, desperta muito o meu interesse. Depois de pesquisar sobre a origem de algumas dessas histórias, decidi reunir parte delas em um livro. Achei que seria bacana dividir com os outros o que aprendi estudando sobre como surgiram algumas lendas urbanas. Porque lenda urbana é assim, todo mundo já ouviu falar, sabe como é a história; mas ninguém sabe como surgiu. Tinha essa curiosidade, de saber de onde nasceu cada história, isso me motivou a pesquisar. Neste livro, trago 12 lendas urbanas, no final de cada uma, trago também a origem de cada narrativa.

7.Já teve o famoso bloqueio literário? Se sim, nos conte o que você fez para sair desse bloqueio que assoma muitos autores?
Vish! Já tive, sim, e isso é péssimo. O negócio é ocupar a cabeça com outras coisas, não adianta insistir. Sabe quando você está indo viajar e se depara com um engarrafamento dos diabos? Se tiver uma estrada secundária sem movimento pra você chegar até o destino final o mais rápido, seguir por ela pode ser a melhor alternativa; assim é quando você não consegue se concentrar numa leitura ou numa produção literária, o jeito é ocupar a cabeça com outras coisas tão bacanas quanto ler.

8.Quando escreve um livro qual concordância linguista você mais gosta?
Escrevi o livro “Que mico!” na primeira pessoa e gostei do resultado. Acho que um texto na primeira pessoa, de cara, já se aproxima do leitor.

9. O que você acha mais difícil na hora de escrever?
Dar nome aos personagens. Santa imaginação! Pra mim, essa é uma parada difícil mesmo. Depois que o livro foi publicado até já me arrependi de ter dado tal nome pra tal personagem.

10.Fugindo um pouco do seu lado escritor para o lado de leitor quais gêneros literários gosta de ler? Possui autor favorito? Ou mesmo um livro favorito?
Ah, não tenho nenhum gênero em especial e também não gosto desses rótulos que ficam colocando por aí. Na boa, esse troço de rotular qualquer tipo de literatura é uma furada. Como leitor, eu curto tudo, não tenho nenhum preconceito literário. Gosto de gibis, de Machado de Assis, dos livros dos youtubers; eu leria tudo, sem essa de fazer distinção. Se aquele livro me parecer interessante, vou lê-lo. Acho que toda vez que a gente coloca um rótulo, estamos logo dizendo a um grupo de leitores: esse livro não é pra você. Isso é errado. Eu aprendi pra caramba com livros que não eram indicados pra mim. Por isso, não fico muito ligado nessa vibe de gênero literário favorito.

11. Existe algum projeto em andamento? Ou mesmo previsto para o futuro?
Espero até o final de 2018 lançar outro livro, que será uma sequência de “Que mico!”. Eu não sabia, mas adolescente gosta de trilogias, essas sequências, tipo novela que amanhã e depois de amanhã tem continuidade.

12. O que espera do seu novo livro Que Mico?
Poxa, espero que esse livro atinja até mesmo quem não gosta de ler. E se conseguir atrair mais alguém para o prazer da leitura, será o máximo!
“Que mico!” é um livro com uma linguagem simples, divertida, espero que todos se identifiquem com o meu estilo e com as situações que estão no livro.

13. E para encerrarmos o que você diria para os que almejam escrever um livro? Que dicas você daria a futuros escritores?
Muito interessante, a sua pergunta. É uma dúvida de muita gente: pô, quero ser escritor e não sei por onde começar. É comum ter essa dúvida, porque realmente não existe uma faculdade pra ser escritor. Tipo, se você quiser ser um advogado, um promotor de Justiça, você já sabe que terá que cursar Direito; se optar por ser um médico, terá que fazer Medicina, mas e quem quer ser escritor? Como não existe uma faculdade especifica pra quem quer seguir essa carreira, a minha dica é essa: escrever. Escreva algo todo dia, mesmo que seja só um parágrafo, ou uma linha, mas escreva; porque quanto mais a gente escrever, melhor a gente vai escrever. Como em tudo, a gente vai aprendendo, melhorando... E é obvio que tem que ler também; porque é lendo que se adquire vocabulário, se expressa melhor; e escreve direito. Quem quer ser escritor, não pode escrever ansioso com “c”, incomodado com “e”, isso não vale. Por isso, leitura é importantíssimo.



1 comentários:

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Excelente trabalho Makai Books, continue sempre trazendo autores para o seu blog. Sucessos meu amigo

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