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Entrevista: Elias Flamel

Entrevista: Elias Flamel



"Podemos mudar a história de um povo. Podemos fazer e não somente ler sobre o que foi feito nos livros que tanto amamos."

Olá Mestres Makai, eu sei que ando sumido, mas prometo compensar vocês. Tanto que hoje trouxe uma entrevista super bacana que fiz com o autor Elias Flamel.




1 - Antes de tudo, como vocês está Elias?
Estou bem, tenho que ser grato por várias coisas boas que estão acontecendo na minha vida. Só que eu poderia estar melhor (a situação do país me influencia negativamente)  

2- Como surgiu a ideia de escrever o cinco do ciclo?
Essa eu adoro responder essa pergunta rs. Dois livros me fizeram ter a ideia do Os Cinco do Ciclo. Um foi "Deuses Americanos", a ideia de divindades morrerem ou serem esquecidas é algo que me fascina. Como essas divindades fariam para sobreviver? Essa pergunta impulsionou tudo no meu livro. E o outro livro foi "O homem do Castelo Alto".  Universos paralelos sempre fervilharam a minha cabeça e a proposta deste livro me assustou e me deixou curioso ao mesmo tempo. O autor cria um universo paralelo em que os Nazistas venceram a guerra. Pensei em criar uma versão alternativa da história, peguei a minha paixão pelo período romano e elaborei uma nova Roma (no Cinco do Ciclo há até a justificativa por esse universo paralelo ter se originado).
Esses dois livros e esses dois conceitos foram determinantes para a criação do meu livro.

3- Você já sofreu o famoso bloqueio literário?
Nem lembro a última vez que sofri kkkkkk.
Os meus bloqueios estão mais ligados a ansiedade, medo e cansaço e não a criatividade.

4 – Referente aos deuses eu sei que eles foram criações suas. Poderia falar o nome de cada um e sobre seus poderes?
Deus Vernum (nome tem origem do Latim)  - É o senhor dos céus que mata a sede dos campos com as suas chuvas e pune os homens e mostra as suas forças através das tempestades.

Deus Talaham (nome tem origem do irlandês) - Representa a terra. Dele tudo brota e para ele tudo volta. A terra é que nos dá tudo e mantém a firmeza do mundo, sendo assim, sempre devemos ser gratos a Talaham. É um costume o povo de Keltoi cantar o seu nome durante o plantio, para que a colheita seja farta.

Deus Mahalul (sem uma origem especifica, mas a ideia principal partiu da língua árabe) -  É o dono do sol e para ter essa esfera de infinito poder é necessário muito força.  Ao ouvir sobre Mahalul qualquer homem de Keltoi esquece o seu cansaço.

Deusa Síolta (irlandês) e Herba (latim) - As duas que são uma. Síolta é a menina, a juventude, que faz crescer tudo que é pequeno e gosta de brincar com as pequenas sementes. Herba é a mulher, a adulta e qualquer floresta é o local do seu trono. Nem mesmo a pedra da qual foi feita diminui a sua alegria, originada pela pureza da florestas que sempre a cerca.

Deusa Nihaya (nome tem origem árabe) - A morte, a noite.  Ela assopra o ar dentro do seu peito quando você nasce e no final do seu ciclo tem o direito de tirá-lo. Nihaya sempre vaga, nunca para. Por que parar? Sempre há alguém morrendo em algum lugar. 



5 – Por falar em mitologia do livro veremos mais criações de divindades além da encontrada do livro?
Se eu contar qual seria criada eu estaria contando um grande Spoiler. O que eu posso dizer é que no próximo livro o leitor vai ver como nasce um mito.

6- Quais são suas expirações literárias? Possui autor(a) favorito? (acredito que nessa pergunta você quis dizer inspirações literárias? rs)
Tenho várias. Adoro como o Isaac Asimov trabalha as suas ideias, sou apaixonado pela forma que o Martin constrói os seus personagens, admiro e me inspiro no universo que a J. K. Rowling criou, adoro a poesia contida nos livros do Patrick Rothfuss, sou fã da simplicidade e do poder de síntese do Rubem Braga, fiquei encantado com a forma que a Diana Wynne Jones enxerga a magia e gosto da forma sutil que o Machado de Assis faz as suas críticas. Eu poderia citar mais alguns exemplos e ainda assim me sentiria culpado por não citar outros.

Acho que eu tenho que ler muito mais coisas para encontrar um autor favorito rs. Mas confesso que tem um que é um forte candidato, me refiro ao Ray Bradbury.  Ele consegue ser poético, simples, filosófico, bom narrador e muitas outras coisas em textos curtos.   

7- Já está trabalhando em projetos novos?
É claro que estou rs. Logo, logo o próximo volume do Cinco do Ciclo será terminado. E sempre tenho ideias para outros projetos.

8 – Para encerrar o que gostaria de falar para quem deseja escrever um livro?
Persista. Não existe outra palavra ou um melhor conselho do que "persista". Se apaixone cada vez mais pela profissão e não pelas vendas. Comemore cada página lida do seu livro. Tente, falhar faz parte e feito e melhor do que perfeito. Caso tenha disponibilidade, contrate um profissional (revisão, edição, capa e etc). Leia bastante. E, por fim, com essa experiência que eu já formei eu digo: Com o tempo e pratica a escrita fica mais fácil e cada vez mais prazerosa" 

Obrigado Elias por ter respondido as perguntas e a vocês leitores podem esperar novos posts essa semana. E caso ainda não tenham lido a resenha que fiz do livro do Elias é só clicar aqui.