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Entrevista com a Autora Carolina Mancini

Entrevista com a Autora Carolina Mancini



Oi, pessoal como vocês estão? Espero que estejam bem. Hoje trago para vocês a entrevista que fiz com a autora Carolina Mancini.

1.Antes de tudo como você está Carol?
Olá, Rafael. Estou bem, e você? Espero que bem também. Já adianto que é um prazer estar novamente no Makai Books.

2.Quando você soube que queria ser escritora?
Eu acho que eu só soube disso, de verdade, esse ano (risos). Parece brincadeira, mas eu sempre soube que queria contar histórias. Contava para os primos, para a família, inventava sempre. Desde pequena criava peças em casa com as amigas. Mas a vida foi me levando para outros caminhos. Sempre gostei muito de desenhar, mas escrever? Bom, lembro de traçar os primeiros poemas e contos curtos aos quinze anos. Mas desde então, me formei em teatro, fui backing vocal em uma banda de classic rock, me tornei professora, comecei a ilustrar, e escrever foi sempre visto como um complemento para mim, jamais o foco. Em 2014 resolvi que deveria levar isso mais a sério, e depois do lançamento do Dias de Chuva, eu percebi que esse realmente era o caminho por onde eu deveria seguir.

3.Você faz algum tipo de pesquisa ou preparo para escrever?
Sim. A maioria das ideias parece nascer do nada, mas sabemos que não é bem assim. Somos um reflexo de nosso repertório, de tudo que vivenciamos e conhecemos. Depois desse ponta pé inicial, sempre é preciso uma pesquisa de época, de lendas, de história. Até a pesquisa que é observar o comportamento humano.

4.O que a escrita representa para você?
Uma pergunta difícil essa. Eu não vou romantizar (risos). A escrita é trabalho, árduo, difícil, mas também gostoso onde é possível se realizar e alcançar o outro, tocar o outro, com suas ideias e criações, emocionando e abrindo janelas e portas na mente, para que enxergue lugares e possibilidades que, pelo dia a dia, talvez não visse.

5.De onde veio a inspiração para escrever Dias De Chuva?
Essa história nasceu primeiro como um conto de uma antologia que eu planejava, mas da qual acabei desistindo. No entanto, o Marcelo Amado (Editora Estronho), logo no início, viu o que poderia sair dessa história, se bem trabalhada. Com o tempo amadureci essa ideia. Então, as inspirações vieram de muitos lugares. Desde a histórias de meus alunos, até a minha e de minhas amigas. A parte do sobrenatural teve o seu diferencial numa pesquisa indígena, pois acho importante que a gente se aproprie dessa cultura nativa, do mesmo modo que nos envolvemos com as estrangeiras. Mas, eu queria mesmo, era falar sobre coisas que eu acredito, sobre moral, sobre como não se deve fazer tudo por amor, e sobre até onde as pessoas são capazes de ir por caprichos e teimosias.

6.O que você acha mais difícil na hora de escrever?
Acho que a falta de disciplina é um problema. A gente que trabalha e tem casa pra cuidar, precisa se disciplinar e achar um tempo de escrever sempre, e iniciar essa rotina com um projeto novo é mais difícil do que quando ele já está em andamento. Aí se passam dias, e a escrita não flui...

7.Existe algum projeto em andamento? Ou mesmo previsto para o futuro?
Sim, temos um quase pronto. Está escrito e segue para a leitora beta ainda esse mês. Ele se chama “Nihil”, e será bem diferente de Dias de Chuva. Ele é bem mais denso, num cenário que mistura um mundo pós apocalíptico com algo de surreal.

8.E para encerrarmos o que você diria para os que almejam escrever um livro? Que dicas você daria a futuros escritores?
Acho que são três. Primeiro: Leia muito. Não se pode ser um músico que não ouve muitas músicas. Vale o mesmo para escritores e livros. O segundo é: escreva sempre, sempre, e não ache que todas as suas ideias são geniais, algumas precisam de tempo de gaveta, outras, eram só o aquecimento da mente. E a terceira e, claro, mais importante: escute as críticas. Se todos só te elogiam, desconfie. Peça para pessoas que costumam ler, para acompanhar sua escrita, e não fique justificando sua ideia. Escute todas as críticas e com calma pondere onde deve melhorar, pois nós sempre podemos, e devemos, melhorar naquilo que escolhemos fazer.

Bom é isso: agradeço a Carol por ter aceito responder minhas perguntas e se vocês ainda não leram minhas impressões do livro Dias De Chuva, pode conferir clicando aqui.

2 comentários

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Gostei muito das respostas da Carolina Mancini, confesso que me identifiquei, e simpatizei bastante com ela. Realmente, a escrita é um trabalho árduo, mas é maravilhoso e gratificante saber que através de nossas palavras podemos alcançar tantas pessoas e tocar seus corações. ♥ ♥ ♥

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Gleize, obrigada. É um trabalho sim, mas realmente, nós que nos dedicamos com seriedade a ele, sabemos o quanto pesa e também, o quanto é doce!

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